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10/11/2020

Retrofit: 4 exemplos de aplicação no Brasil


 

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Retrofit: 4 exemplos de aplicação no Brasil

O retrofit é uma técnica de revitalização de construções antigas. Seu objetivo é transformar edificações do passado, adaptando-as às necessidades atuais. Mas não se trata de uma simples reforma ou de uma restauração.

Algumas obras construídas há muitos anos – às vezes até séculos, como certos casos na Europa – precisam de estruturas mais adequadas, seguras e confortáveis para os dias de hoje.

Assim, a ideia do retrofit é fazer alterações para garantir o melhoramento das instalações, a atualização estética e a modernização da construção – mas, ao mesmo tempo, sem descaracterizar seus elementos originais históricos e arquitetônicos.

A seguir, mostramos alguns exemplos de aplicação do retrofit no Brasil. Conheça o antes e o depois das obras e os desafios para revitalizá-las!

Exemplos de aplicação: 4 edifícios revitalizados com a técnica retrofit no Brasil

1. Pinacoteca do Estado de São Paulo

Um dos grandes exemplos de aplicação de retrofit no Brasil é o projeto da Pinacoteca de São Paulo, realizado por Paulo Mendes da Rocha, um dos maiores arquitetos brasileiros.

O edifício original – construído no final do século XIX – passou, ao longo dos anos, por diversos tipos de ocupação, transformações, estragos e até mesmo abandono.

Assim, o projeto de revitalização tinha como objetivo principal adequar a edificação conforme as necessidades técnicas e funcionais para transformá-la definitivamente na Pinacoteca.

Para tanto, havia diversos desafios para resolver, como umidade, vazios internos, uma planta original rígida e um plano de acesso comprometido pelas áreas em seu entorno.

Sem deixar de preservar a construção original e suas fachadas externas, o projeto contou com adequações como:

  • Instalação de uma nova rede elétrica;

  • Criação de uma nova espacialidade do interior do edifício;

  • Reforço estrutural dos pisos;

  • Inclusão de elevadores para garantir acessibilidade;

  • Telhados com vidros para aproveitar melhor a iluminação natural.

2. Edifício Martinelli, no Centro Histórico de São Paulo

O projeto retrofit do Edifício Martinelli, assinado por Paulo Lisboa, teve a missão de revitalizar o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo. A obra, que havia sido construída em 1929 e é tombada pelo patrimônio histórico, tornou-se a Secretaria Municipal de Licenciamento.

Para o projeto de revitalização, era necessário preservar as fachadas do prédio bem como sua volumetria. De outro lado, as adequações deveriam focar em adaptar o edifício para o estilo de trabalho atual.

O desafio, portanto, era trazer soluções modernas em contraste com a historicidade de um edifício tombado. Para tanto, dentre as melhorias, o Edifício Martinelli passou por modificações como:

  • Criação de espaços integrados;

  • Sistema de climatização;

  • Estrutura de cabeamento para informatização;

  • Qualificação dos pavimentos;

  • Nova iluminação para trazer mais iluminação para os locais de trabalho.

3. SESC Pompeia, em São Paulo

Outro exemplo de aplicação da técnica retrofit no Brasil é o projeto de Lina Bo Bardi, que transformou antigos galpões de uma fábrica de tambores em uma das mais belas unidades de lazer e cultura do SESC.

O projeto de restauração e revitalização durou 5 anos, de 1977 até 1982. A arquiteta teve como foco o conceito do restauro crítico, que busca atualizar uma construção, e não simplesmente refazer a edificação em seus moldes completamente originais.

Com essa concepção, a ideia do projeto era recuperar e preservar a antiga fábrica, mas a partir de uma visão adaptada aos dias atuais. Assim, foram trazidos tanto conceitos novos, como a democratização dos espaços, quanto a preservação de elementos históricos, como os latões de lixo em referência aos tambores.

4. Edifício Galeria, no Centro do Rio de Janeiro

A empresa Tishman Speyer, responsável pelo projeto de retrofit do Edifício Galeria, realizou o processo de restauração e modernização de 2009 a 2011. A construção, que era da década de 1930, foi amplamente revitalizada, trazendo novas instalações na parte elétrica, hidráulica e de telecomunicações.

O objetivo era possibilitar a instalação de grandes empresas, tornando a edificação um dos melhores edifícios corporativos e comerciais da cidade. Para tanto, o projeto buscou manter a herança cultural e histórica da construção, trazendo ao mesmo tempo modernização do espaço físico e das instalações para atender as demandas atuais.

Assim, o processo de revitalização do Edifício Galeria contou com:

  • Reforço das fundações, colunas e estruturas;

  • Restauração das fachadas;

  • Total refação da parte elétrica com nova tecnologia;

  • Implantação de tecnologias de ponta, como elevadores modernos, sistema eficiente de ar-condicionado, acesso para pessoas com deficiência e sistemas robustos de segurança.

Fonte: WEG Blog Tomadas & Interruptores